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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

HOMEM IRRACIONAL

HOMEM IRRACIONAL (Irrational Man) 
Suspense / 95 min / EUA / 2015 

Direção: Woody Allen 
Roteiro: Woody Allen 
Produção: Letty Aronson; Stephen Tennenbaum; Edward Watson 
Fotografia: Darus Khondi 
Desenho de Produção: Sato Loquaito 
Figurino:Susy Benzinger 
Edição: Alice Lepselter 
Elenco: Joaquin Phoenix (Abe); Emma Stone (Jill); Parker Posey (Rita); Jamie Blackley (Roy); Meredith Hagner (Sandy); Ben Rosenfield (Danny); David Aaron Baker (Biff); Tom Kemp (Judge Spangler). 

SINOPSE: Abe (Joaquin Phoenix), um professor em meio a uma crise existencial e que redescobre a vontade de viver. Logo após voltar a dar aulas em uma pequena cidade, Abe se envolve com duas mulheres: Rita (Parker Pousey), uma colega de trabalho; e Jill (Emma Stone), sua melhor aluna. Mesmo quando Abe mostra sinais de desequilíbrio mental, a fascinação de Jill por ele só aumenta. Porém, quando decide abraçar novamente a vida, Abe desencadeia uma série de eventos que afetará não só a ele, mas também a Jill e Rita para sempre. 
COMENTARIO: O “Homem Irracional” é um quebra cabeça descontraído em que Woody Allen volta aos clássicos da filosofia misturando os gêneros que vão da comedia dramática ao thriller criminal. Neste filme ele se afasta de seu melhor humor resultando uma obra mais fraca das suas filmografias mesmo abordando tema fascinantes. O protagonista professor de filosofia, abertamente frustrado, deprimido e atormentado Abe Lucas (Joaquin Phoenix) nas aulas nomeia obras de Kant, com suas correntes filosóficas, depois passa mencionar a Kierkegaard pai do existencialismo e avisando a seus alunos que o mundo teórico da filosofia e o mundo real pouco tem a ver. Aqui se vê a presencia com comentários próprios de Woody Allen no roteiro. 
Emma Stone brilha nas suas interpretações e o grande ator Joaquin Phoenix um pouco apagado no seu papel. Parker Posey interpretando Rita, uma entediada e infelizmente casada professora de ciências que vê em Abe uma possível saída na sua infeliz existência sonhando com uma viagem a Espanha para iniciar uma nova e romântica vida. 
Uma característica do trilha da segunda parte do filme em que cada vez que muda cenário começa sempre o inicio do tema “The in crowd”, de Ramsay Lewis Trio “Let’s jazz”. Bom filme com um final diferente. 

Nota 7,5

terça-feira, 27 de outubro de 2015

PONTE DOS ESPIOES

PONTE DOS ESPIOES ( Bridge of Spies) 
Drama;Suspense / 141 min / EUA / 2015 

Direção: Steven Spielberg 
Roteiro: Matt Charman; Joel Coen; Ethan Coen 
Produção: Marc Platt (II); Steven Spielberg. 
Música: Thomas Newman 
Fotografia: Janusz Kaminski 
Desenho de Produção: Kimberly Aller 
Figurino: Kasia Walicka-Maimone 
Edição: Michael Kahn 
Elenco:Tom Hanks (James Donovan); Mark Rylance (Rudolf Abel); Scott Shepherd (Hoffman); Amy Ryan (Mary Donovan); Sebastian Koch (Wolfgang Vogel); Alan Alda (Thomas Watters); Austin Stowell (Francis Gary Powers); Will Rogers (Frederic Pryor). 

SINOPSE: O longa conta a história de James Donovan (Tom Hanks), um advogado do Brooklyn que, durante a Guerra Fria, é enviado, a pedido da CIA, para negociar o resgate de um piloto americano. Os roteiristas Matt Charman e os irmãos Ethan e Joel Coen, transformaram essa experiência de Donovan em uma história inspirada em eventos reais, que captura a essência de um homem que arriscou tudo nessa jornada. 

COMENTARIO: Escrito originalmente por Matt Charman e contando com uma revisão dos irmãos Coen, o longa com um pouco mais de 140 minutos de fita que nem vemos passar. Assistimos uma história muito bem elaborada, com minuciosas explicações sobre a situação política mundial da época, além de personagens intrigantes com um roteiro inteligente e bem elaborado. 
Vemos um grande trabalho de Tom Hanks, ganhador de dois Oscars num personagem que tinha tudo para ser complicado, metódico e chato, mas Hanks consegue dar muito brilho e transbordar carisma em James Donovan. É importante destacar o trabalho do ator que interpreta o espião russo, Mark Rylance. Ele tem uma ótima atuação, se mantém misterioso durante todo o tempo, deixando o público ligado em quais são os seus segredos. Mark é um forte candidato ao Oscar de melhor ator coadjuvante no ano que vem. Alias o próprio longa-metragem, já apontado por pesquisas como forte pretendente a uma vaga nos melhores filmes indicados ao próximo Oscar 
A fotografia do Janusz Kaminski faz seu trabalho com honras e o design de produção, transporta o espectador para o fim dos anos 50. Uma ótima produção deste filme com uma maravilhosa reconstituição na época nos Estados Unidos e na Alemanha Oriental com um cenário importante na história realizada nos mínimos detalhes. Tanto no figurino de Kasia Walicka-Maimone como no pano de fundo do cenário, e a fotografia de Janucz Kaminski. Outro deslumbre é a trilha sonora feita por Thomas Newman e a montagem de Michael Kahn possibilitou o longa rodar em um compasso tranquilo, com transições suaves de cenas e de momentos da história. 
Claro que Spielberg não deixaria por menos e que cobrou de sua equipe artística uma Berlim devastada tanto pelo frio quanto pela Guerra e a divisão do muro foi tão precisa que chega a impressionar, o resultado foi muito bonito de acompanhar. Enfim, que é um ótimo filme, um drama bem trabalhado nos diálogos, mas quem gosta de longas com mais ação pode ser um pouco entediante. Eu gostei. 

Nota: 8

sábado, 3 de outubro de 2015

MAOS TALENTOSAS – Historia de Ben Carson - DVD

MÃOS TALENTOSAS – Historia de Ben Carson (Gifted Hands The Ben Carson Story)
Drama / 90 minutos / EUA / 2009 

Direção: Thomas Carter 
Roteiro: John Pielmeier baseado no livro de Benjamin Carson e Cecil Murphey 
Produção: David A. Rosenmont 
Musica: Martin Davich 
Fotografia: John Aronson 
Desenho de Produção: Warren Alan Young 
Edição: Peter Berger 
Elenco: Ele Bardha (Dr. Long); Loren Bass (Yale Professor); Geoffrey Beauchamp (Dr. Freeman); Lesley Bevan (Miss Williamson); Ron Coden (Professor); Angela Dawe (Augusta Rausch); Gregory Dockery II (Teen Curtis Carson); Zac Douglass (Mark Buckley); Kimberly Elise (Sonya Carson; Cuba Gooding Jr.). (Ben Carson); John Hickman (Mr. Jaeck); Ellington King (B.J. Carson); Alondra Lozano (Cynthia Gonzalez); Yasen Peyankov (Dr. Udvarhelyi); Cheyenne Pinson (Maria Gonzalez); Jacquelyn Ritz (Mrs. Gross); Scott Stangland (Peter Rausch); Casey Tutton (Kathy Buchanan); Guy Van Swearingen (Dr. Hairston); Matthew Elijah Webb (Murray Carson); Reuben Yabuku (Pastor Ford). 
SINOPSE: Ben Carson era um menino pobre de Detroit, desmotivado, que tirava más notas na escola. Entretanto aos 33 anos, ele se tornou o diretor do Centro de Neurologia Pediátrica do Hospital Universitário Johns Hopkins, em Baltimore, EUA. Em 1987, o Dr. Carson alcançou renome mundial por seu desempenho na bem-sucedida separação de dois gêmeos siameses, unidos pela parte posterior da cabeça - uma operação complexa e delicada que exigiu cinco meses de preparativos e vinte e duas horas de cirurgia. 

COMENTARIO: O ator Cuba Gooding Jr. faz o papel do Dr. Benjamin S. Carson, neurocirurgião e membro da Igreja Adventista de Spencerville, em Silver Spring, Maryland, EUA. Hoje o Benjamin Carter também esta em evidencia nos EUA disputando a indicação republicana para as eleições presidenciais de 2016. 
O filme conta a história de Benjamin Carson, precursor da hemisferectomia (remoção cirúrgica da metade afetada do cérebro), que, através dos esforços próprios e principalmente de sua mãe, contrariou o "senso comum" e tornou-se um dos mais importantes neurocirurgiões do mundo. 
O filme também mostra racismo, persistência, força de fé e milagre. A musica erudita escolhida muito boa e o trilha sonora delata o sucesso de cada cirurgia. Um filme comovente sensível e um trabalho como sempre impecável de Cuba Gooding Jr. Um destaque no protagonista do papel da mãe do Dr. Benjamin, uma senhora de pouca cultura mas muito inteligente que influenciou na formação do caráter do filho, O resto do elenco apenas cumpre seu papel sem nenhum destaque em especial. 
Carson recebeu a medalha da Liberdade das mãos do ex-presidente americano George W. Bush filho, em junho de 2008, em agradecimento pelas contribuições para a medicina. 
O ritmo do filme é bem leve. Talvez o terceiro ato você já esteja cansado, assim como os cirurgiões ao passar 22 horas numa sala de cirurgias, mas realmente o filme vale a pena. 

NOTA: 8,0

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

DAMA DOURADA - A

A DAMA DOURADA (Woman in Gold) 
Drama / 109 min / EUA; UK / 2015 

Direção: Simon Curtis 
Roteiro: Alexi Kaye Campbell 
Produção: David M. Thompson; Kris Thykier 
Música: Martin Phipps; Hans Zimmer 
Fotografia: Ross Emery 
Direção de Arte: Neca Machado 
Figurino: Beatrix Pasztor 
Edição: Peter Lambert 
Elenco: Helen Mirren (Maria Altmann); Ryan Reynolds (Randol Schoenberg); Daniel Brühl (Hubertus Czernin); Katie Holmes (Pam); Max Irons (Fritz); Charles Dance (Sherman); Tatiana Maslany (Maria Altmann jovem); Antje Traue (Adele Bloch-Bauer). 

SINOPSE: Década de 1980. Maria Altmann (Helen Mirren) é uma judia sobrevivente da Segunda Guerra Mundial que decide processar o governo austríaco para recuperar o quadro "Woman in Gold", de Gustav Klimt - retrato de sua tia que foi roubado pelos nazistas durante a ocupação. Ela conta com a ajuda de um jovem advogado, inexperiente e idealista (Ryan Reynolds). 
COMENTARIO: Baseado em fatos reais o filme é usado para mostrar a historia da Maria, heroína e injustiçada, lutando para, conseguir encontrar a recompensa pelo seu sofrimento e de seus familiares. Mostra a restituição dos bens roubados na segunda guerra mundial misturados com o poder americano para se impor nas apropriações dos valores de outros países. 
Ainda que o filme gire em torno de só uma obra de arte, Curtis aproveita para apresentar mais um caso de americano de sucesso nos tribunais A direção de Simon Curtis já era conhecida pelo bom filme “Sete Dias com Marilyn”, e aqui ele mantém uma narrativa visual satisfatória. 
Os filmes A lista de Schindler e O Pianista, se aprofundam em cenas do holocausto, mas na “A Dama Dourada” o diretor emite a carga dramática mais suave e se dedica a desenvolver no sentimento dos personagens frente as atrocidades da guerra. 
Existe muito carisma em cena, Helen Mirren e Ryan Reynolds, os dois bem carismáticos, encontram uma química maravilhosa. O elenco é um dos grandes trunfos da obra. 
A fotografia de Ross Emery alterna entre o presente do final dos anos 90 em Los Angeles e Viena onde é naturalista e o passado dos anos 40 também em Viena, em que escolhe tons de cinza e bege, além de uma saturação, para marcar a diferenciação entre as épocas.
A edição de Peter Lambert segue o roteiro ao mostrar em paralelo os eventos passados sempre dialogando com o presente. 
Um bom filme 

Nota: 8.0