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domingo, 23 de junho de 2013

INFÂNCIA CLANDESTINA - DVD

INFÂNCIA CLANDESTINA (Infancia clandestina)
Drama / 112 min / Argentina; Espanha; Brasil / 2011

Direção: Benjamín Ávila
Roteiro: Benjamín Ávila; Marcelo Muller
Produção: Luis Puenzo
Trilha Sonora: Pedro Onetto e Marta Rocca
Fotografia:
Ivan Gierasinchuk
Direção de Arte: Yamila Fontán
Figurino: Ludmila Fincic
Edição: Gustavo Giani
Elenco: Natalia Oreiro (Cristina alias Charo); Ernesto Alterio (Tio Beto); César Troncoso (Horacio alias Daniel); Cristina Banegas (Avó Amalia); Teo Gutiérrez Romero (Juan alias Ernesto Estrada); Mayana Neiva (Carmen); Douglas Simon (Gregorio); Violeta Palukas (María).

SINOPSE:
Argentina, 1979. O menino Juan (Teo Gutiérrez Romero), de 12 anos, vive na clandestinidade da mesma maneira que seus pais e seu tio Beto (Ernesto Alterio) integrantes da organização Montoneros, que lutam contra a ditadura e levam uma vida clandestina. Na escola, ele tenta seguir uma rotina normal sob outra identidade, conhecido como Ernesto e precisa manter as aparências pelo bem da família. Tudo corre bem, ate ele se apaixonar por  Maria (Violeta Palukas) uma colega de escola. Ele passa por cima das rígidas regras familiares para ficar mais tempo com ela de quem sabe apenas o nome.

COMENTARIO: Escolhido da Argentina para concorrer ao Oscar 2013, “Infância Clandestina” (2011) Benjamín Ávila homenageia às pessoas que lutaram contra a ditadura no país.
O filme foi feito com pontos de vista infantil e nesta perspectiva a criança, tem apenas um recorte da realidade e o diretor omite os enfrentamentos e tiroteios entre os adultos e as inevitáveis mortes mostradas e criadas em forma de animação.



O filme peca em algumas cenas cumpridas demais sem necessidades.
Um filme que reflete totalmente à realidade e nos conhecemos pessoalmente um caso idêntico ao desenlace do filme onde os avos tomaram conta dos filhos órfãos.
Um bom filme.


Nota: 7

terça-feira, 18 de junho de 2013

FILHO DO OUTRO - O - DVD

O  FILHO  DO  OUTRO (Le fils de l'autre)
Drama / 105 min / França / 2012

Direção: Lorraine Levy
Roteiro: Lorraine Levy, Nathalie Saugeon, Noam Fitoussi ,Isabelle Delacroix, Keren Sternfeld
Produção: Raphael Berdugo, Virginie Lacombe
Musica:
Dhafer Youssef
Fotografia: Emmanuel Soyer
Desenho de Produção: Miguel Markin
Figurino: Rona Doron, Valerie Adda
Edição: Sylvie Gadmer
Elenco: Emmanuelle Devos (Orith Silberg); Pascal Elbé (Alon Silberg); Jules Sitruk (Joseph Silberg); Mehdi Dehbi (Yacine Al Bezaaz); Areen Omari (Leila Al Bezaaz); Khalifa Natour (Said Al Bezaaz); Mahmud Shalaby (Bilal Al Bezaaz);diana Zriek (Amina).
SINOPSE: Prestes a integrar o exército israelense para cumprir seu serviço militar, Joseph descobre que foi trocado ao nascer com Yacine, filho de uma família palestina da Cisjordânia. A vida das duas famílias se transforma radicalmente com esta descoberta, forçando cada um a reconsiderar seus valores e sua identidade.
COMENTARIO: A diretora francesa Lorraine Levy não quis se aprofundar na área política, preferindo mostrar o lado das relações pessoais.
O filme retrata um delicado tema sobre a guerra religiosa entre judeus e palestinos.
A diretora aborda o drama das mães e a amizade que cresce entre os dois irmãos, mesmo com todas as diferenças políticas, religiosas e morais.
Nesta estranha situação criada nas duas famílias, são as mulheres as que primeiro se entendem e utilizam o afeto para sobrepor todos os preconceitos. Antes de se posicionar como uma judia e outra palestina, elas são mães.
O filme tem méritos, muito bem filmado com uma fotografia discreta, mas o  ponto alto é o elenco, com destaque para Emmanuelle Devos, que realmente da credibilidade ao papel de uma das mães envolvidas.
Enfim, um ótimo filme:

Nota: 9 

segunda-feira, 17 de junho de 2013

DEBATE COM CINEASTAS BRASILEIROS

Neste domingo 16 de junho 2013, ultimo dia da Feira do Livro, tivemos a apresentação para debate sobre o documentário “O dia que durou 21 anos” de Camilo Tavares ,

o filme “O Som ao Redor” de Kleber Mendonça Filho

 com a mediadora jornalista e professora universitária Carmen Cagno. 

Tivemos uma curta apresentação do Rubens Edwald Filho, que veio de São Paulo a Ribeirão sem saber a pauta do evento e retirou se após alguns minutos.


 Sobre o Documentário, Camilo Tavares comentou da preocupação de fazer um roteiro neutro , sem influenciar o espectador, 

mas o que valorizou foram as imagens e gravações resgatados pelo pai dele, jornalista naquela época, dos diálogos entre John F. Kennedy e o Embaixador Americano no Brasil 

sobre os temores e suspeitas do perigo eminente do então presidente João Goulart, em permitir a entrada do comunismo na America do Sul, após a entrada do mesmo em Cuba.



 O Kleber Mendonça Filho, comentou que sempre teve a ideia de produzir um filme, visando o dia a dia da classe media pernambucana de Recife, sua terra natal.

 Uma sociedade convivendo com o medo da violência e suportando os múltiplos sons: ruídos externos da rua, animais, vizinhos e eletrodomésticos. 

Salientou que o custo de produção dos filmes é elevado, mas contornáveis e ajudados com os diversos incentivos. Mas o maior vilão está após terminar o filme e é o custo da distribuição do mesmo e os requisitos a cumprir para as diversas redes de cinemas. Sobre a técnica de filmagem captando apenas os ruídos e sons do ambiente com apenas um suave e tímida musica, perguntei se teve alguma influencia a técnica do DOGMA 95 utilizada numa época no cinema europeu. Respondeu que caso tiver alguma semelhança, seria pura coincidência, porque os sons e ruídos foram produzidos com muito trabalho e introduzidos artificialmente. Enfim, com muita agilidade e dinâmica, Carmen Cagno conseguiu com sucesso, mediar os dois cineastas com o público de Ribeirão Preto.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

ANTES DA MEIA NOITE

ANTES DA MEIA NOITE (Before Midnigth) 
Drama / 109 min / EUA / 2013 

Direção: Richard Linklater 
Roteiro: Ethan Hawke, Julie Delpy, Richard Linklater 
Produção: Christos V. Konstantakopoulos, Richard Linklater, Sara Woodhatch 
Trilha Sonora: Graham Reynolds
Fotografia: Christos Voudouris 
Edição: Sandra Adair 
Elenco: Ethan Hawke (Jesse); Julie Delpy (Celine); Seamus Davey-Fitzpatrick (Hank); Jennifer Prior (Ella); Charlotte Prior (Nina); Xenia Kalogeropoulou (Natalia); Walter Lassally (Patrick); Ariane Labed (Anna); Yiannis Papadopoulos (Achilleas); Athina Rachel Tsangari (Ariadni); Panos Koronis (Stefanos). 

SINOPSE: A saga iniciou-se em 1995 com o estadunidense Jesse (Ethan Hawke) e a francesa Celine (Delpy), que se conheceram uma noite em Viena e prometeram reencontrar se seis meses depois. Em 2004, ficou claro que o casal não tinha se encontrado, mas o lançamento de um livro fez reencontrá-los em Paris. Nos primeiros cinco minutos deste filme, eles estão juntos com duas filhas gêmeas. O filme narra como vivem hoje, durante as ferias em Grécia e Jesse se despediu de seu filho maior, que vive com sua ex-mulher em Chicago. Esse reencontro promete selar para sempre o destino desse casal. 
COMENTARIO: Depois do “Antes do Amanhecer” (1995) e “Antes do Pôr do Sol” (2004) chega agora “Antes da Meia Noite”, a terceira parte da historia de amor entre Jesse e Celine dirigida por Richard Linklater. O casal protagonista, Ethan Hawke e Julie Delpy, prosseguem nesta trilogia iniciado em Viena há quase vinte anos. Os diálogos foram coescritos pelos mesmos atores. Os protagonistas assinam o roteiro junto com o diretor Richard Linklater. 
Interessante é como o conteúdo e profundeza do dialogo evoluiu entre o primeiro, o segundo e finalmente neste episodio. O gênero romântico sempre perdura mesmo quando se envilece. Para mim, umas da melhores cenas é o almoço com uma família de gregos. 
As paisagens de Viena e Paris dos dois primeiros capítulos anteriores são bem melhores aos apresentados na Grécia. Questionado sobre uma possível continuação, Richard Linklater revelou que vai voltar a pensar no assunto em cerca de cinco, seis anos. “Antes da Media Noite” participou nos festivais do mundo do: Sundance, Berlín, Estambul, Nova York e San Francisco. Enfim, um bom filme. 

Nota 7,5

quarta-feira, 12 de junho de 2013

GRANDE GATSBY - O

O GRANDE GATSBY - 3D (The Great Gatsby)
Drama / 142 min / Austrália ; EUA / 2013 

Direção: Baz Luhrmann 
Roteiro: Baz Luhrmann, Craig Pearce; baseado na novela de F.Scott Fitzgerald 
Produção: Baz Luhrmann, Catherine Martin, Douglas Wick, Lucy Fisher e Catherine Knapman. 
Musica: Craig Armstrong 
Fotografia: Simon Duggan. 
Desenho de Produção: Catherine Martin 
Edição: Jason Ballantine, Matt Villa e Jonathan Redmond.
Elenco: Leonardo DiCaprio (Jay Gatsby); Tobey Maguire (Nick Carraway); Carey Mulligan (Daisy Buchanan); Isla Fisher (Myrtle Wilson); Elizabeth Debicki (Jordan Baker); Joel Edgerton (Tom Buchanan); Jason Clarke (George Wilson); Adelaide Clemens (Catherine); Callan McAuliffe (Jovem Jay Gatsby); Amitabh Bachchan (Meyer Wolfsheim); Jack Thompson (Ator); Vince Colosimo (Ator). 
 SINOPSE: O Grande Gatsby” conta a história do aspirante a escritor Nick Carraway (Tobey Maguire) que sai do centro-oeste e chega à Nova York na primavera de 1922, em meio a uma era de falta de moral, do ápice do jazz, dos reis beberrões e de ações exorbitantes. Perseguindo o sonho americano, Nick acaba vizinho de um misterioso e festeiro milionário, Jay Gatsby (Leonardo DiCaprio), além de conhecer sua prima Daisy (Carey Mulligan) e seu marido mulherengo e de sangue azul, Tom Buchanan (Joel Edgerton). É assim que Nick é atraído para o mundo cativante dos super-ricos, cheio de ilusões, amores e decepções. Enquanto Nick é testemunha, dentro e fora do mundo que habita, ele escreve um conto de um amor impossível, sonhos puros e muita tragédia, criando um reflexo das nossas lutas e tempos modernos 
COMENTARIO: O Grande Gatsby teve diversas adaptações. A primeira versão romântica baseada no livro de F.Scott Fitzgerald foi em 1926. Um filme mudo dirigido por Herbert Brenon com Warner Baxter. A segunda foi em 1949, lançada no Brasil com o nome de Até o Céu Tem Limites, com Allan Ladd e Betty Field dirigida por Elliot Nungent. Em 1974 foi brilhante com Robert Redford e Mia Farrow como protagonistas, Francis F. Coppola como roteirista e dirigida por Jack Clayton; em 2000 teve uma adaptação para a TV, com Toby Stephens e Mira Sorvino e finalmente em 2013, a mais moderna em 3D. 
O filme de Baz Luhrmann na sua primeira parte da produção, apresenta infinidades de cenas com festas luxuosas e aparentemente bem divertidas e regadas com champagne oferecidas pelo misterioso protagonista, Jay Gatsby (Leonardo DiCaprio), com muitas trocas de cenas e cortes deixando o espectador sem tempo para absorver os quadros cheio de gente, os vestidos brilhantes, reconstituindo os vibrantes anos 1920. 
Na segunda metade, o filme ganha força abandonando o estilo de vida extravagante para mergulhar num estudo mais aprofundado dos personagens, e dando oportunidade a Leonardo DiCaprio demonstrar seu talento, mesmo parecendo um pouco sobreatuado no papel inicial de playboy. O trabalho dos inúmeros coadjuvantes estão perfeitos. A ultima parte desta versão 3D e bem mais moderna e dinâmica que as dos anos 70. 
Enfim, um filme com um final dramático muito bem logrado. 

Nota: 9

domingo, 2 de junho de 2013

SOB A AREIA - DVD

SOB A AREIA (Sous le sable) 
Drama / 96 min / França / 2000 

Direção: François Ozon 
Roteiro: Emmanuelle Bernheim, François Ozon, Marcia Romano, Marina de Van 
Produção: Marc Missonnier, Olivier Delbosc 
Trilha Sonora: Philippe Rombi 
Fotografia: Jean-Claude Moireau, Jeanne Lapoirie e Antoine Heberle. 
Figurino: Pascaline Chavanne 
Edição: Leurence Bawedin 
Elenco: Charlotte Rampling (Marie Drillon); Bruno Cremer (Jean Drillon); Jacques Nolot (Vincent); Alexandra Stewart (Amanda); Pierre Vernier (Gérard); Andrée Tainsy (Suzanne). 

SINOPSE: Por 25 anos Marie Drillon (Charlotte Rampling) e Jean (Bruno Cremer), seu marido, têm tido um casamento feliz. Durante o verão eles estão passando férias no sul da França e, na praia, Jean deixa Marie tomando banho de sol enquanto vai nadar. Esta foi a última vez que Marie o viu. Ela notifica as autoridades do desaparecimento de Jean e volta para Paris, onde trabalha como professora de literatura inglesa, como se nada tivesse acontecido. Incapaz de aceitar que Jean está morto, ela pensa e age como se ele ainda estivesse ao lado dela, o que perturba seus amigos e Vincent (Jacques Nolot), seu novo amante. 

COMENTARIO: Ozon envolve a plateia no drama de Marie, que mergulha numa vida paralela, em que ela tenta negar o desaparecimento do marido. O grande mérito do roteiro é fazer com que o público conviva as mesmas dúvidas da personagem principal. Teria Jean se afogado? Se suicidado? Ou simplesmente abandonou a esposa em busca de uma vida diferente? Charlotte Rampling perfeita representando a Marie. Um roteiro ótimo, uma fotografia boa, uma sonoplastia normal do ambiente e uma tímida trilha sonora dando um tom especial ao filme. Existe uma cena curta e aterrorizadora, para mim a favorita. A conversação entre duas mulheres Suzane Drillon (Andrée Tainsy) lutando pelo filho e Marie Drillon pelo marido, que já não existe, as duas exercendo seus sentidos de propriedade de uma lembrança. Imagens diferentes que cada uma conheceu e que jamais chegarão a conhecer. Genial! Enfim um bom filme. 

Nota: 8