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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

LINCOLN

LINCOLN (Lincoln)
Drama histórico / 150 min / EUA / 2012

Direção: Steven Spielberg
Roteiro: Tony Kushner, John Logan e Paul Webb; baseado na obra “Team of rivals: The political genius of Abraham Lincoln” de Doris Kearns Goodwin
Produção: Kathleen Kennedy e Steven Spielberg
Trilha Sonora: John Williams
Fotografia: Janusz Kaminski
Desenho de Produção: Rick Carter
Figurino: Joanna Johnston
Edição: Michael Khan
Elenco: Daniel Day-Lewis (Abraham Lincoln); Sally Field (Mary Todd Lincoln); David Strathairn (William Seward); Joseph Gordon-Levitt (Robert Lincoln); James Spader (W.N. Bilbo); Hal Holbrook (Preston Blair); Tommy Lee Jones (Thaddeus Stevens); John Hawkes (Robert Latham); Jackie Earle Haley (Alexander Stephens); Bruce McGill (Edwin Stanton).
Tim Blake Nelson (Richard Schell); James Spader (W.N. Bilbo), Lee Pace (Fernando Wood), , Hal Holbrook (Preston Blair); Jared Harris (general Ulysses Grant).
SINOPSE: Daniel Day-Lewis dá vida ao 16º presidente dos Estados Unidos, durante o final de seu mandato, em uma época sangrenta. Em uma nação dividida pela guerra e por fortes ventos de mudança, o presidente Lincoln percorre um caminho de difíceis ações, a fim de terminar a guerra, unir o país e abolir a escravidão. Com coragem moral e força para obter sucesso, suas escolhas nesse período crucial mudam o destino das gerações que ainda estão por vir
COMENTARIO: O filme se destaca pelo seu roteiro inteligente, sua brilhante execução e seu grande elenco.
Gostara em especial aos que já possuem alguns conhecimentos históricos básicos sobre a matéria para não perder se com alguns nomes.
Si bem que em “Lincoln” alem da política, Spielberg não deixa de lado as relações humanas. Por isto tem um enfoque especial no mandatário, em sua mulher e em seus filhos.
O elenco conta alem de Daniel Day-Lewis que domina a tela, o brilhante plantel de coadjuvantes como Sally Field (Mary Todd, mulher do presidente), Tommy Lee Jones (Thaddeus Stevens, líder republicano e congressista da Pennsylvania, a favor da abolição), Joseph Gordon-Levitt (Robert Todd Lincoln, filho mais velho do presidente).
As magníficas fotografias de Janusz Kaminski e a sólida edição de Michael Kahn, e a musica de John Williams ajudaram o sucesso deste longo.
O diretor quis destacar o Lincoln conversando com dois soldados negros e o discurso conhecido como o Discurso de Gettysburg, em que fala em "o governo do povo, pelo povo e para o povo", marcada até hoje na política nos EUA.
Um ótimo filme, porem um pouco cumprido sem necessidade.

Nota 8,5

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

AMANTE DA RAINHA - O

O AMANTE DA RAINHA (En Kongelig Affære / A Royal Affair)
Drama/Romance / 137min./ Dinamarca / 2012

Direção: Nikolaj Arcel
Roteiro: Nikolaj Arcel, Rasmus Heisterberg
Produção: Louise Vesth, Sisse Graum Jorgensen, Meta Louise Foldager
Trilha Sonora: Gabriel Yared
Fotografia: Rasmus Videbæk
Edição: Mikkel E.G. Nielsen, Kasper Leick
Elenco: Mads Mikkelsen (Johann Friedrich Struensee); Alicia Vikander (Caroline Mathilde); Mikkel Boe Folsgaard (Cristiano VII); David Dencik (Ove Høegh-Guldberg); Trine Dyrholm (Juliane Marie).
SINOPSE: No século 18, a jovem britânica Carolina Matilde da Grã-Bretanha se casa com o insano rei Christiano VII, tornando-se rainha da Dinamarca. Quando Johann Struensee, um intelectual alemão, se torna médico da corte, Christiano faz dele seu confidente e posteriormente ministro-chefe. Carolina também começa a se aproximar de Struensee. e logo os dois começam um romance. Idealistas corajosos que arriscam tudo em busca da liberdade do povo, eles começam a propor reformas que acabam mudando uma nação.
COMENTARIO: O diretor Nikolaj Arcel, conhecido também pela adaptação do filme “Os Homens que Não Amavam as Mulheres” (Män som hatar Kvinnor, 2009), teve muito cuidado na produção, na fotografia e no figurino. Conseguiu reconstruir uma Copenhague do século XVIII em estado decadente, com pessoas miseráveis, com muito lixo e com falta de saneamento exatamente como acontecia na idade media.
O elenco é bom, encabeçado pela bela sueca Alicia Vikander, com o dinamarquês Mads Mikkelsen, relativamente famoso por viver o vilão Le Chiffre em 007 - Cassino Royale (Casino Royale, 2006); e com Mikkel Boe Følsgaard, que caracteriza muito bem o rei, dando uma carga dramática adequada à insanidade explícita.
O filme é correto, com boas tomadas, bom conhecimento histórico, mas uma fraca trama principal. Um medico rural, vira medico da corte, dança com a rainha um baile de salão, vira conselheiro do rei, amante da rainha, um homem acima da média. Poucos questionarão a atitude da dupla tentando reformar a sociedade apoiados nos ideais de Rousseau e Voltaire. O filme tem um bom figurino e trabalho técnico, conseguindo manter a atenção do espectador por mais de duas horas de exibição, mas sem grandes chances de prêmios ou troféus nos festivais.

Nota:7

ELEFANTE BRANCO

ELEFANTE BRANCO (Elefante Blanco)
Drama / 100 min. / Argentina e Espanha / 2012 Direção: Pablo Trapero
Roteiro: Pablo Trapero
Produção: Alejandro Cacetta, Pablo Trapero, Juan Gordon, Juan Vera y Juan Pablo Galli.
Musica: Michael Nyman
Fotografia: Guillermo Nieto
Desenho de Produção: Juan Pero Gaspar
Direção de Arte: Fernando Brun
Figurino: Marisa Urruti
Edição: Pablo Trapero; Nacho Ruiz Capillas
Elenco: Ricardo Darín (Julian), Jérémie Rénier (Nicolas), Martina Gusman (Luciana); Federico B.Braga (Monito); Walter A. Jakob (Lisandro); Mauricio Sergio Minetti (Cruz); Paulo Ramos (Obispo); Pablo Gatti (Sandoval).
SINOPSE: “Elefante blanco” narra a historia de amizade de dois padres Julián e Nicolas, junto com a assistente social Luciana que lutam para solucionar os problemas sociais do bairro. Porém seus esforços entrarão em conflito com a igreja, o governo, o narcotráfico e a polícia.

COMENTARIO: Trata-se de um edifício gigantesco em Buenos Aires projetado nos anos 1920 para ser o maior hospital da América Latina, mas que se tornou nos últimos 30 anos - como outros conjuntos de prédios no bairro periférico de Villa Lugano - uma imensa ocupação habitacional. Ricardo Darín e o ator belga Jérémie Renier, interpretam dois padres católicos da comunidade, onde a guerra local do narcotráfico dificulta os serviços de caridade. São poucos os filmes que têm a coragem de mostrar o problema e apontar os responsáveis onde muitos são os culpados e poucos são os se dispõem a fazer algo. A história opta por criar pessoas que agem primeiramente como seres humanos, independentemente de sua posição e crença religiosa. O filme demora em deslanchar e só depois de mostrar miséria, violência, uma trama amorosa, uma Fe comprometida e um trabalho social em crise questiona o silencio de Deus, a debilidade humana, a necessidade de afeto numa pobreza indiferença pelos governantes. Enfim mais um filme muito bem dirigido por PedroTrapero.

Nota: 8

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

JOAO E MARIA – Caçadores De Bruxas

JOAO E MARIA – Caçadores De Bruxas (Hansel and Gretel: Witch hunters)
Ação / 83 min / USA e Alemanha / 2012

Direção: Tommy Wirkola. Roteiro: D. W. Harper y Tommy Wirkola.
Produção: Will Ferrell, Beau Flynn, Chris Henchy y Adam McKay.
Trilha Sonora: Atli Örvarsson.
Fotografia: Michael Bonvillain.
Desenho de Produção: Stephen Scott
Figurino: Marlene Stewart.
Edição: Jim Page
Elenco: Jeremy Renner (Hansel), Gemma Arterton (Gretel), Famke Janssen (Muriel), Peter Stormare (Berringer), Zoe Bell (bruja), Thomas Mann (Ben), Phla Viitala (Mina).

SINOPSE: A história segue os passos dos personagens que ficaram conhecidos no Brasil como João e Maria. 15 anos após o traumático incidente envolvendo uma casa feita de doces, Hansel e Gretel (nomes originais) formam uma dupla de impecáveis caçadores de bruxas, que migram pelo mundo procurando e matando tais seres malignos.

COMENTARIO: Após A Garota da Capa Vermelha, Espelho, Espelho Meu, Branca de Neve e o Caçador temos mais um conto infantil em versão adulta. A história original criada pelos irmãos Grimm e publicada em 1812, agora em João e Maria foca quinze anos depois de sobreviverem à casa de doces, João/Hansel (Jeremy Renner) e Maria/Gretel (Gemma Arterton) que ganham a vida como matadores de aluguel, indo de vila em vila atrás das tais bruxas.



Depois que a fama e o talento de João e Maria são repetidos pela décima vez em meia hora de filme, e as intermináveis lutas com as bruxas, surge um fanboy adolescente medieval pra afirmar tudo de novo e emendar: "I'm a fan of your work!". Enfim: Depois disso, dá até pra se divertir com algumas coisas que acontecem no filme, se você aguentar até o fim do filme. Um filme ruim

Nota: 3

RESGATE - O (Stolen)

O RESGATE (Stolen) Ação / 90 min / EUA / 2012

Direção: Simon West
Roteiro: David Guggenheim
Produção: Jesse Kennedy, Mathew Joynes, Rene Besson
Trilha Sonora: Mark Isham; Jay Meagher
Fotografia: Jim Whitaker
Elenco: Nicolas Cage (Will Montgomery); Malin Akerman (Riley Simms); Josh Lucas (Cab Driver); Sami Gayle (Alison); Danny Huston (Fletcher), Edrick Browne, Mark Valley, Barry Shabaka Henley, M.C. Gainey.

SINOPSE: Nicolas Cage é Will Montgomery, um ex-criminoso que tem apenas 12 horas para conseguir achar sua filha, mantida trancada no porta-malas de um táxi em Nova York por seu antigo parceiro no crime.
Ele só vai entregá-la quando Will revelar o paradeiro dos 20 milhões de dólares que ele escondeu de seu último roubo.
COMENTARIO: O filme tenta ser um bom thriller ou um bom filme de ação, mas não passa de mais um festival de clichês com perseguições, assassinatos, carros capotando e explodindo, tiroteios, assaltos a banco, milhões de dólares em dinheiro e barras de ouro, uma moça bonita, um vilão feio, agentes do FBI, uma filha em perigo e Nicolas Cage.
Enfim um filme fraco.

Nota: 4

MESTRE - O (The Master)

O MESTRE (The Master)
Drama / 144 min / EUA / 2012

Direção: Paul Thomas Andreson
Roteiro: Paul Thomas Anderson
Produção: Paul Thomas Anderson, Megan Ellison, Daniel Lupi, JoAnne Sellar
Trilha Sonora: Jonny Greenwood
Fotografia: Mihai Malaimare
Desenho de Produção: Jack Fisk y David Crank
Figurino: Mark Bridges.
Edição: Leslie Jones y Peter McNully.
Elenco: Joaquin Phoenix (Freddie Quell); Philip Seymour Hoffman (Lancaster Dodd); Amy Adams (Peggy Dodd); Jesse Plemons (Val Dodd); Laura Dern (Helen Sullivan); Rami Malek (Clark); Lena Endre (Mrs. Solstad); David Warshofsky (Philadelphia Police); Price Carson (V.A. Médico), Mike Howard (Médico Rorschach).

SINOPSE: O roteiro conta a trajetória de Freddie Quell (Joaquin Phoenix), um veterano de guerra traumatizado, alcoólatra e com tendências sexuais quase doentias. O filme começa quando ele e seus companheiros são mandados para casa após o fim da guerra. Freddie logo arruma um emprego como fotógrafo em um estabelecimento comercial, mas logo se põe bêbado e se mete em uma briga, sendo obrigado a deixar o emprego. Algum tempo depois, durante mais uma noite de bebedeira intensa, por uma questão de acaso ou por puro destino, Freddie acaba encontrando um barco ancorado e resolve subir à bordo. Dentro do barco, Freddie conhece Lancaster Dodd (Philip Seymour Hoffmann), conhecido como "O mestre" e sua mulher Peggy (Amy Adams). O casal é líder de uma organização religiosa chamada de "A Causa", que acredita na intervenção do tempo para curar doenças da alma e do corpo. O objetivo deles é espalhar suas crenças e converter o maior número de pessoas possível. Logo, Freddie é submetido a testes psicológicos intensos feitos pelo próprio Dodd, que acaba convertendo o recém chegado, tornando-o extremamente fiel à Causa e a ele próprio, fazendo dele uma espécie de braço direito. Porém, após um episódio, Freddie começa a questionar a veracidade das coisas ditas nos cultos da Causa e no caráter de seu próprio mestre.
COMENTARIO: O Mestre Lancaster Dodd, interpretado por Philip Seymour Hoffman num papel carismático e sutilmente persuasivo, e Freddie Quell interpretado por Joaquin Phoenix , insatisfeito, inseguro e violento, símbolo do "animal" irracional. A compulsão sexual e alcoólica do ex-marinheiro Freddie Quell é mostrada de maneira muito sutil.
Uma cena de grande destaque é um embate verbal entre Freddie e Lancaster, um querendo dominar, seduzir e conquistar, enquanto o outro quer brincar, ridicularizar e recusar-se a levar a sério. Este é um filme belíssimo em sua aparência e monstruoso em sua essência. O roteiro de uma inteligência notável, mas não parece ter sido feito para o prazer do espectador, Acredito que O Mestre é um filme que pode ser adotado para estudo, por alunos de cinema, de artes e de filosofia. Enfim, um filme longo, lento, entediante, que somente satisfará os seguidores do cinema de Paul Thomas Anderson, mas não impede em ir conferir por si mesmo e tirar uma conclusão própria de mais um trabalho de Paul Thomas Anderson, mesmo diretor de Magnólia e Sangue Negro e conferir o brilhante trabalho do trio de atores Joaquin Phoenix, Philip Seymour Hoffman e Amy Adams indicados para três Oscar.

Nota: 7

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

ATÉ A ETERNIDADE - DVD

ATÉ A ETERNIDADE (Les petits mouchoirs)
Comédia / Drama / 154 min / França / 2010

Direção: Guillaume Canet
Roteiro: Guillaume Canet
Produção: Alain Attal
Trilha Sonora: Pierre Gamet
Fotografia: Christopher Offenstein
Direção de Arte: Philippe Chiffre
Figurino: Carine Sarfati
Edição: Hervé de Luze
Elenco: François Cluzet (Max Cantara); Marion Cotillard (Marie); Benoît Magimel (Vincent Ribaud); Gilles Lellouche (Éric); Jean Dujardin (Ludo); Laurent Lafitte (Antoine); Valérie Bonneton (Véronique Cantara); Pascale Arbillot (Isabelle Ribaud); Joël Dupuch (Jean-Louis).


SINOPSE: Tudo começa quando o festeiro Ludo sofre um acidente e fica entre a vida e a morte. Esta tragédia deixa o grupo de amigos preocupados, mas não altera os planos de veraneio e decidem manter as férias anuais na praia. A relação entre eles, suas convicções, senso de culpa e amizade serão levados às últimas consequências. Finalmente, eles serão forçados a confessar as mentiras que têm contado uns aos outros.
COMENTARIO: “Mentir é errado, mas as pequenas mentiras que nos ajudam a manter uma vida social saudável.” Baseado neste principio o diretor e roteirista Guillaume Canet consegue manter um grupo de amigos unidos ao longo dos anos e mostra com algumas pitadas de humor o que acontece quando as verdades vem a tona. 
O título original, “Les petits mouchoirs”, faz menção a pequenos lenços ou pequenas máscaras com as que cobrimos ou escondemos nosso verdadeiro caráter, as vezes mesquinho, as vezes inseguro e sempre procurando amor. Um elenco composto por grandes nomes do cinema francês contemporâneo, com destaque para Cluzet, Cotillard e Dujardin, vencedor do Oscar de Melhor Ator por “O Artista”, aqui apenas como coadjuvante, são responsáveis pela beleza do filme muito bem conduzido com uma boa trilha sonora e ótima direção de fotografia.

Nota: 8,5

sábado, 19 de janeiro de 2013

DJANGO LIVRE

DJANGO LIVRE (Django Unchained)
Drama;Faroeste / 165 min / EUA / 2012

Direção: Quentin Tarantino
Roteiro: Quentin Tarantino
Produção: Pilar Savone, Stacey Sher e Reginald Hudlin
Trilha Sonora: Ennio Morricone; Luis Bacalov, entre outros
Fotografia: Robert Richardson
Desenho de Produção: J. Michael Riva
Figurino: Sharen Davis
Edição: Fred Raskin
Elenco: Leonardo DiCaprio (Calvin Candie); Jamie Foxx (Django); Christoph Waltz (Dr. King Schultz); Samuel L. Jackson (Stephen); Kerry Washington (Broomhilda); Franco Nero (Amerigo Vessepi); Quentin Tarantino.
SINOPSE: Django é um escravo negro libertado que, sob a tutela de um caçador de recompensas alemão, torna-se um mercenário e parte para encontrar e libertar a sua esposa nas garras de Monsieur Calvin Candie, charmoso e inescrupuloso proprietário da Candyland, de Mississipi onde escravas são negociadas como objetos sexuais e escravos são colocados para lutar entre si.
COMENTARIO: É por amor, mas também por vingança, que o escravo libertado Django (Jamie Foxx) acompanha um caçador de recompensas alemão, Dr. Schultz (Christoph Waltz), pelo Texas e pelo Mississippi atrás da sua esposa (Kerry Williams), escrava do fazendeiro Calvin Candie (Leonardo DiCaprio). O filme tem uma tonalidade cômica mostrando diálogos inteligentes e afiados. O filme tem boas interpretações de Jamie Foxx e de Christoph Waltz em cenas hilariantes entre tiros e mortes sangrentas com um visual típico de Tarantino, acompanhados com uma boa musica, transformando estas cenas bem mais leves. Quentin Tarantino sempre teve muito cuidado com a trilha sonora de seus filmes encantando os olhos de quem vê, mas também os ouvidos. O diretor selecionou músicas misturando canções que nos lembram a galope nos tempos das diligências e aos faroestes italianos, tudo aplicado no filme com muita propriedade por Tarantino. Ótima fotografia! Quase 3 horas de filme que passam como um suspiro.

Nota: 8,5

AMOR

AMOR (Amour)
Drama / 127min / Francia, Austria, Alemanha / 2012

Direção: Michael Haneke
Roteiro: Michael Haneke
Produção: Margaret Ménégoz, Stefan Arnd, Veit Heiduschka e Michael Katz
Fotografia: Darius Khondji
Desenho de Produção: Jean-Vincent Puzos
Figurino: Catherine Leterrier
Edição: Nadine Muse y Monika Willi
Elenco: Jean-Louis Trintignant (Georges), Emmanuelle Riva (Anne), Isabelle Huppert (Eva), Alexandre Tharaud (Alexandre), William Shimell (Geoff).

SINOPSE: Georges (Jean-Louis Trintignant) e Anne (Emmanuelle Riva) são um casal de aposentados, que costumava dar aulas de música. Eles têm uma filha musicista que vive com a família em um país estrangeiro. Certo dia, Anne sofre um derrame e fica com um lado do corpo paralisado e entra em um acelerado processo de decadência física e mental, levando Georges a dedicar-se integralmente à saúde da companheira.
 COMENTARIO: Haneke ficou conhecido nos trabalhos como "Violência Gratuita" (1997), "Caché" (2005) ou "A Fita Branca" (2009), mostrando alguns aspectos negativos da condição humana quando submetida a condições extremas.
Haneke não mostrou os horrores e as humilhações das algumas clínicas de repouso, dos asilos ou das alas geriátricas de hospitais. e sim a agonia diante do sofrimento da pessoa que amamos.
Particularmente ja passamos por isto e muitos espectadores devem ter presenciados cenas similares.
Diálogos marcantes como George com a filha Eva, e outro Anne com expressões no rosto e com Georges alimentando ela.
Em "Amor", o diretor nos prova que às vezes é preciso apenas um apartamento e dois excelentes atores para fazer um grande filme Jean-Louis Trinignant de 82 anos “Um homem e uma Mulher " (1966) e Emanuelle Riva de 85 ("Hiroshima, Mon Amour" -1959)
Enfim, um filme bem realista, pesado, sem trilha sonora, as filmagens quase tudo em tempo real e mesmo assim as duas horas de duração passam inadvertidos.
Uma maravilha artística e humana, com cenas comovedora e demolidora em partes iguais, que deixa o espectador pensante por um bom tempo.

Nota: 9

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

AMERICANO - DVD

AMERICANO ( Americano)
Drama / 107 min. / França / 2011

Direção: Mathieu Demy
Roteiro: Mathieu Demy
Produção: Mathieu Demy
Trilha Sonora: Grégoire Hetzel
Fotografia: Georges Lechaptois
Direção de Arte: Arnaud Roth
Figurino: Rosalie Verda
Edição: Jean-Batiste Morin
Elenco: Mathieu Demy (Martin); Salma Hayek ('Lola'); Geraldine Chaplin (Linda); Chiara Mastroianni (Claire); Carlos Bardem (Luis); Jean-Pierre Mocky (O pai); Pablo Garcia (Pedro); André Wilms (O alemão); Sabine Mamou (A mae); Mathieu Demy (Martin de criança); James Gerard, Cokey Falkow, Andrew Shemin, Romanö.

SINOPSE: Martin (Mathieu) em meio a uma crise conjugal, é obrigado a deixar o conforto medíocre de sua existência e viajar às pressas de Paris até Los Angeles. Sua mãe, que ele não vê há vários anos, morreu e ele precisa cuidar do inventário e ir buscar o corpo.
As lembranças da cidade, porém, são dolorosas. Martin cresceu ali e deixou todas aquelas memórias para trás. Uma carta descoberta entre as posses da mão, no entanto, o lança em uma busca que cruza a fronteira em direção ao México, mais especificamente à caótica cidade de Tijuana. Lá ele a encontra trabalhando como stripper num bar chamado Americano. Num país estranho, Martin vai ter que enfrentar as memorias do passado para conseguir lidar com a morte da mae.
COMENTARIO: Americano (2011) é o primeiro longa-metragem de Mathieu Demy. O parisiense que além de dirigir, produzir e protagoniza o papel de Martin, utiliza diversos flashbacks de seu personagem principal utilizados no filme Documenteur, de 1981, dirigido por sua mãe, em que ele aparece aos oito anos de idade ao lado da atriz Sabine Mamou.
Demy vai mostrando lentamente a real historia, mantendo o suspenso do previsível ate o fim.
Bom roteiro, boa fotografia e um elenco de qualidade composto por Geraldine Chaplin (filha de Charles Chaplin), Carlos Bardem (irmão de Javier Bardem) e Chiara Mastroianni (filha da atriz Catherine Deneuve e Marcello Mastroianni).
A trilha sonora de Gregoire Hetzel aproveita dos temas criados há 30 anos por Georges Delerue.

Nota: 7,0